Nesse artigo vamos continuar a descrição das raças dos mundos em conflito, falando um pouco do cenário do livro e do podcast Damocles: Consequências, que, em breve, deve virar livro também.
Fala Galera! Aqui quem escreve é Vinicius Watzl do RPGNEXT e autor do livro Damocles: O início.
Nesse artigo vamos continuar a descrição das raças dos mundos em conflito.
Muito importante:
Se você ainda não leu os livros da série “mundos em conflito”, considere que ele, inevitavelmente, trará alguns spoilers de parte da trama.
Morkrons:
Em tempos imemoriais, Os mundos de Ellan e Damocles faziam a sua dança cósmica. No mundo de Ellan, desenvolveu-se a raça que viria a ser conhecida por raça dos altos elfos. Ela possui a capacidade de absorver o mana e, não só isso, gerar mana. Justamente por isso, quando as inteligências incorpóreas cósmicas chegaram no mundo de Ellan, encontraram um campo fértil para se espalhar. E, foram moldando a raça que viria a ser a dos altos elfos, em direção a um ideal de beleza e simetria a qualquer preço. Ao mesmo tempo, uma dessas entidades, a que viria a ser conhecida por Malachy, começou a moldar alguns dos ancestrais dos altos elfos conforme suas predileções. Esses seres foram mudando e se tornando o que viriam a ser os Morkrons. Essa entidade, assumiu uma forma corpórea entre os Morkrons e se tornou um “senhor das trevas” entre eles.
Muitos milhares de anos depois, com as raças devidamente separadas, diversas guerras se travaram entre eles, sendo que, na última grande guerra, os elfos fizeram um acordo com os anões e seus deuses investiram diretamente em conflito contra os Morkrons. Porém, os elfos traíram os anões e seu deus matou o deus dos anões no conflito, isso serviu como catalisador de um sacrifício, num ritual de banimento, que levou praticamente todos os Morkrons de Ellan a serem banidos para Damocles. O poderio mágico dos elfos, associado ao excesso de poder liberado com a morte do deus anão, permitiu que eles trancassem o mundo de Damocles, impedindo a saída dele por quaisquer meios, se não houvesse um elfo junto para liberar a saída.
Por isso, por muitos milhares de anos, os Morkrons se viram aprisionados em Damocles, tendo por companhia, apenas os insectóides. Com as manipulações de Malachy, os Morkrons passaram a depender da geração de sofrimento em seres conscientes para conseguir sua nutrição. E, uma vez isolados, conseguiam muito pouco alimento dos insectóides que eram, em sua imensa maioria, apenas seres parcialmente conscientes, e, por isso, voltaram-se uns contra os outros, destruindo-se mutuamente sempre que se encontravam. Seus números foram se reduzindo, somente restando os mais poderosos dentre eles. Com a chegada dos humanos e koltranos ao mundo, eles obtiveram, pela primeira vez em milênios, uma nova fonte de alimento e poder. Aos poucos, moldaram sua sociedade, que inicialmente era de parasitas subsistentes, a uma de controladores dos rumos do mundo. As tecnologias trazidas pelos humanos e koltranos era uma séria ameaça à sua existência. Malachy, num grande ritual de sacrifício, lançou a maldição Morkron. Quaisquer conhecimentos científicos, teriam, irremediavelmente, dificultada a sua compreensão, e, com o tempo, as perícias científicas foram caindo em desuso, tornando-se relíquias ininteligíveis do passado distante. Essa maldição tinha por objetivo retirar a vantagem dos invasores, para, então, facilitar a tomada do poder pelos Morkrons que iriam ser os senhores supremos de uma população de animais para o abate. O que eles não contavam é que, os humanos, de forma impressionante, criaram, para si, o equivalente aos deuses de outrora. E, essas criações se tornaram uma nova fonte de poder, para dificultar o controle deles.
O Morkron médio é possuidor de enorme força e agilidade físicas. Uma inteligência elevada, e grande vitalidade. Possuem extensas habilidades mágicas, preferindo o uso de magias malignas. Possuem a habilidade de modificar sua forma física para assumir o aspecto de outros seres. Em sua forma natural apresentam a pele acinzentada, olhos amarelos com pupilas verticais como olhos de cobra, dentes pontiagudos e mãos com seis dedos cada. Curiosamente não possuem as orelhas extremamente pontudas dos elfos. Como podem mudar de forma, é difícil encontrar um Morkron com seu aspecto normal. Porém, quando morrem revertem para o aspecto comum. No entanto, a sua morte é, sempre, algo espetacular, quanto mais forte o Morkron, mais impressionante é o acontecimento.
Quando eles morrem, de seus corpos, esvai-se a essência maligna das consciências primordiais que os habitaram desde o início. Essas consciências se manifestam como nuvens negras de ódio puro que liberam relâmpagos vermelhos em todas as direções. Esses relâmpagos podem atingir a quem os matou, levando à possibilidade de morte de quem estiver por perto.
Eles todos apresentam-se extremamente loucos e malignos apresentando uma grande gama de desvantagens mentais que os torna altamente instáveis. Eles somente se comportam por medo de seus superiores em poder.
Como estavam em desvantagem com os recém-chegados, eles escolheram usar seus poderes de mudança de forma e se infiltrarem nas sociedades humana e koltrana. Com o tempo, acabaram por adquirir grande poder social e, por fim, acabaram por se acostumar com as facilidades da tecnologia. Eles que eram senhores em Ellan, tornaram-se senhores ocultos em Damocles, manipulando as sociedades para seus fins.
Isso tudo acabou por mudar quando Malachy perdeu seu corpo físico e assumiu a sua verdadeira forma de entidade dimensional. Os eventos que levaram a isso estão descritos nos livros dos Mundos em conflito e, também no podcast do RPG NEXT Damocles: Consequências.
Na próxima edição iremos conversar um pouco sobre as raças de Ellan, começando pelos elfos. Até breve.
A Arte do Morkron foi comissionada a Heitor Fraga. Você pode encontrar mais de sua arte em: @heitordafraga no Instagram.
Esse cenário foi criado utilizando-se das regras do GURPS, e não é um cenário oficial do sistema. O Copyright é 2015-2021 de Vinicius Watzl Encontrando-se todos os direitos reservados.
