BadLands é um cenário de faroeste que mescla elementos históricos e sobrenaturais no qual grupos de aventureiros vivem suas histórias. Tony é um deles, aqui são apresentados documentos e passagens de sua vida de empreendedor e aventureiro. Atrapalhado, carismático, malsucedido, e otimista contra toda a esperança, Tony é, ao mesmo tempo, enquanto comerciante, o alívio cômico e, enquanto pistoleiro, porto-seguro, de seu grupo composto por Lucky Lou, Brody Hampton, Lone Phil, e Lupita
— Arre! Pra que tanto papel Hômi?
— É muito importante que a gente tenha um registro detalhado de todas as nossas atividades, porque, você sabe, sempre podemos aprender e com isso…
— Ocê, num entende mesmo né?
— Como assim cara?
— Pra vendê, direito, ocê tem de saber conversá.
— Mas eu sei conversar. Você pode notar que estamos conversando há algum tempo, e nesse meio tempo eu tenho falado bastante sobre as coisas que precisamos falar, e..
— Di novo…
— Eu pedi procê me passar o quanto que falta procê pagar o Lone.
— Olha, Lupita eu te falei, todas as informações que você precisa estão nesses papéis. Aí tem, desde os custos de contratação, os custos de fabricação, os custos…
— Diacho! Ocê, me deu uma papelada de quando ocê treinou tiro ao alvo. Matéria di jornal, um monte de coisa inútil.
— Não são coisas inúteis. São coisas que eu guardo. Elas me ajudam a entender de onde eu vim. Você sabe. Cada um de nós precisa…
— Eu acho qui o Seu Lucky tá certo nisso.
— Que que tem ele?
— Ocê tem a sorte que merece.
— Olha aqui, eu estou tentando negociar contigo pra gente vender esses chapéus. Numa parceria de sucesso! A Senhorita consegue vender de forma graciosa. E a qualidade da mercadoria é inegável a moda do futuro são os chapéus de cone.
— Ocê num pára não?
— Olha só…
— Eu tô tentando te ajudar.
— É… Obrigado…
— Mas ocê precisa se ajudar tumém.
Conforme o grupo avançava em direção à próxima parada Tony não podia deixar de pensar que a Lupita tinha uma certa razão. Ela havia conseguido vender alguns chapéus em pouco tempo.
Claro, ele, depois que terminasse a venda desses chapéus, precisava pensar em qual seria a próxima onda. Um novo tipo de chapéu? Algo a se pensar.
A noite havia chegado e os companheiros estavam se preparando para o que a cidade de Salvação traria.
Com um certo cuidado, Tony preparava a sua panela de ferro fundido. Era uma panela que pertencera a sua mãe Antonia Zucchini. Como essa panela possuía uma tampa em ferro fundido Tony aproveitava os carvões que sobraram da fogueira arrumando-os embaixo e por sobre a tampa de ferro. Criando um ambiente fechado, onde o calor das brasas tornaria a panela em um forno. Enquanto a panela esquentava, ele preparava uma estranha massa.
— Que cê tá fazendo o Tony? — Perguntou Brody
— É uma receita da minha mãe, sabe. Antônia Zucchini. Ela inventou essa receita usando as abobrinhas Zucchini de nossa família. Quando passamos na última parada eu consegui comprar algumas com aqueles índios.
— Mas abobrinha não dura muito. Ela estraga. — Interrompeu Lone
— Eu sei. Não tivemos tempo de fazer uma sopa. Então vou fazer o nosso Zucchini Bread.
— Isso num parece massa de pão. Parece massa de bolo. — Falou Lupita
— Olha, a receita é da minha mãe e ela chamava de pão de abobrinha.
— Eu nunca provei pão de abobrinha não. — Falou Lucky.
— Deixem eu terminar. É uma espécie de pão adocicado. Eu não sou tão bom cozinheiro quanto a minha mãe, que Deus a tenha. Mas os Zucchini, são hábeis. Tenho certeza que vai ficar bom.
— Que nem os chapéus. — gracejou Lou.
— Que isso cara…
A noite avançou um pouco e Tony retirou o pão do forno improvisado. Os amigos estavam todos dormindo. O turno de vigília era o primeiro e, pela altura das estrelas, dava pra perceber que chegara a hora de acordar o próximo. Quando ele se preparava para acordar Lupita, percebeu que, nas sombras próximas o brilho da lua e das brasas, fazia brilhar dois pequenos olhos vermelhos.
Sacou de seu rifle e esperou. Olhando o par de olhos que piscava esporadicamente.
Quando cortou a primeira fatia do pão que sua mãe ensinara, os olhinhos se aproximaram. Era um pequeno animal. Parecia um coelho. No entanto, ele parecia ter uns chifres de cervo em sua cabeça.
“Um lebrílope” Pensou Tony.
O Lebrílope aproximou-se, parou, olhando longamente o rosto de Lucky Lou que dormia, e se colocou sentado sobre as patas traseiras com as patas dianteiras estendidas. Como se pedisse algo.
Tony estendeu um pedaço do Zucchini bread para a mítica criatura, que estendeu as patas, tomando uma fatia e se distanciando para comer. Parando, novamente na borda da iluminação do fogo, o lebrílope mordiscou o petisco e inclinando a cabeça de lado, olhou para Tony que pensava:
“Que novo tipo de chapéu seria o chapéu ideal? Qual seria a nova moda? Como vou fazer pra ganhar dinheiro?”
Na distância o lebrílope pareceu soltar um suspiro. Enquanto se afastava do Cowboy, que parecia não perceber as oportunidades que tinha nas mãos. Se ele conseguiria pensar nelas a tempo de mudar a sua vida, só o tempo diria.
Autor: Vinicius Watzl
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