Dicas de Roleplay

E se Dark Souls invadisse sua mesa?

Não é segredo que o RPG de mesa, influenciou de diversas maneiras os jogos digitais. A aclamada série Final Fantasy, The Legend of Zelda, Chrono Trigger, Earth Bound, entre outros, beberam da fonte e adaptaram os elementos do mundo do RPG, para a mídia dos consoles e PCs, mantendo a essência do Role playing game: a exploração, o mundo fantástico e o sentimento de aventura. Hoje, temos diversos jogos, dos mais variados gêneros, nas mais variadas plataformas.

Tal como filmes, livros e séries, os jogos digitais servem de grande inspiração para aventuras, narrativas, desafios, entre outros. Se utilizado de forma correta pelo mestre, um elemento de uma franquia famosa, pode arrancar um sorriso de seus jogadores.
Então, acompanhem-me, se quiser saber mais sobre as diversas maneiras de animar, de forma visceral, as suas aventuras de D&D, além de dicas para inspirar aventuras diferenciadas.

Que tal abrir essa série com um dos meus jogos favoritos?

Dark Souls e Artorias

“Nos tempos antigos, O mundo era disforme, e encoberto pelo nevoeiro;

 uma terra de rochedos cinzentos, árvores altas e dragões eternos;

Mas então veio o fogo

e com o Fogo vieram os Opostos:

Calor e Frio; Vida e morte; E, é claro, Luz e Trevas

E então, do escuro, eles vieram,

[…]

Mesmo agora, apenas as cinzas restam …

e os homens não veem mais o sol, apenas noites eternas.

E entre os vivos há aqueles, os amaldiçoados portadores do Sinal Negro.”

 

A série Souls é composta de quatro títulos, todos com ambientação medieval fantástica, sendo bem conhecidos pela dificuldade e desafio de suas batalhas. Provavelmente, um dos aspectos mais interessantes dessa série, seja não existir uma narrativa direta da história e dos fatos. Geralmente, o jogador deve recorrer a descrições de equipamentos/itens, para entender motivações de personagens, a história de monstros, locais ou, até mesmo, o que está acontecendo no mundo.

Além disso, o tempo é “enrolado”. Acontecimentos do passado, presente e futuro não tem separação clara, chegando a coexistir. Nesse mundo, ainda podem ocorrem rupturas temporais, que levam a determinados momentos da história. Essas são informações importantes para o mestre considerar.

De forma simples, após um longo período na Era da Escuridão, quatro entidades encontraram as Chamas Primordiais, dando início a Era do Fogo. Tudo ia bem, até que a chama começou a se apagar e, para mantê-la viva, almas grandiosas foram sacrificadas… até que as chamas, de tanto acesas, viraram brasas e o mundo apenas cinzas.

Beleza…. mas cadê o mano Artorias nessa conversa?

Artorias, A.K.A the Abbyss Walker, pode ser definido de muitas maneiras, sendo FOD*O, a melhor. Ele viveu durante a Era do Fogo, como um dos quatro cavaleiros de Gwyn, além de ser o comandante dos exércitos do Senhor da Luz do Dia, tendo uma obstinação de ferro e ódio pelos servos da escuridão. Portava, como presente de Lord Gwin, um anel mágico único, contendo um símbolo de um lobo, para auxiliar, sua já incomparável habilidade com a espada. Além disso possuía outro dom especial: era um dos únicos com a habilidade de andar no Abismo…

Ok…bastante coisa, não? E quem danado é o Abismo?

O Abismo é o vazio. Sem forma, contendo escuridão e se expandido cada vez mais. Quando se expandiu para a cidade de Oolacile, Artorias viajou para lá, a fim de resgatar a Princesa Dusk. O andarilho foi marcado profundamente pela escuridão, onde sucumbiu, caindo em desgraça e sendo corrompido, tornando-se um berserker. Assim, o objetivo dos jogadores é matá-lo ou purificá-lo, para libertar o Abysswalker de sua loucura, além de pôr um fim no abismo, para restaurar a honra do andarilho.

Aventura – Quest principal

 História bacana … história descolada, mas como encaixá-la em um mundo como, por exemplo, o de Faerun? Pode-se aproveitar o “enrolo” do espaço-tempo.

Em Dark souls, o jogador consegue chegar até o Oolacile através de uma ruptura no tecido na realidade, que permite aos jogadores acessarem a área. Então, os aventureiros podem iniciar essa aventura, escutando histórias/boatos em tavernas, algo sobre uma região remota, onde a terra, as árvores e construções parecem estar cobertos por cinzas. Ao acessar essa região desolada, os jogadores chegariam ao cemitério das cinzas (Ash Cemitery).

Outra sugestão para começar a aventura: Os jogadores são contratados/abordados pela princesa Dusk para resgatar um amigo (Artorias), perdido nessa região. Para acessá-la, deveriam utilizar um anel para se proteger da maldição da região.

Importante: Caso haja alguém fã de Dark Souls, não revele o nome dos personagens acima, pois seria muito SPOILER. Tente frisar bem as descrições dos locais, para que os jogadores sintam o sentimento do local.

O importante é colocar os jogadores em contato com o portal, pois essa seria a conexão entre os mundos. O anel é interessante como um motivo pelo qual ninguém consegue acessar a região. A partir disso, os aventureiros podem chegar ao local onde vai se desenrolar a aventura.

Mapas

Após adentrar a região onde há o portal, os jogadores chegariam na Floresta Real, a área que antecede o local do boss. Também pode-se desenvolver livremente as outras áreas no entorno, ou ainda, utilizar os mapas do jogo e adapta-lo para a aventura.

 

 

Fonte: http://www.kouryakubo.com/darksouls_en/image/maps/map28_royalwood_en.gif

Assim, o mestre pode posicionar os jogadores na Floresta Real (Royal Wood) ou deixá-los na cidade de Oolacile, onde a população foi consumida pelo Abismo, existindo muito espaço para exploração, podendo pode ficar mais sangrento interessante: cavaleiros de pedra, zumbis de cinzas e várias outras criaturas marotas do D&D, que se encaixam no cenário e podem ser usadas.

 

The Abysswalker

Ficha do nosso querido Abysswalker. Eu mencionei que ele é forte?

Fonte: https://www.reddit.com/r/DnD/comments/3u2x24/5e_dark_souls_to_dnd_prepare_to_die_edition/

Créditos: Braggadouchio – Reddit

 

Dica para o mestre: Faça seus players sentirem a loucura que aflige Artorias! A fúria tem que estar presente todo o tempo!

Recompensas

 Agora vamos falar da parte boa! O loot são as recompensas dadas aos jogadores pelas suas façanhas e, caso alguém sobreviva, nada mais justo do que uma boa recompensa! Tenha em mente que os equipamentos de Artorias podem ser overpower para uma campanha, mas mesmo assim, vale a pena conferir.

 

Fonte: http://www.funnyjunk.com/channel/dungeons-n-drags/Shit+i+made+for+dark+souls+type+5e+dd/dowpLqb#56aa10_6247153

Créditos: Razconza from FJ.

 

E aí? O que acharam desse post?

Utilizariam essa aventura? Como? Mais importante …

Há algum jogo que gostariam de “importar” para sua mesa? Deixa nos comentários!

Abraços e até a próxima!

 

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Victor Moura

Biólogo e healer de plantas na vida real, Viciado em joguinhos e apaixonado por fantasia medieval
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